terça-feira, 30 de março de 2010

ALFABETO DO MESTRE

Ame seus alunos
Bendiga sua profissão
Creia no poder da educação
Discipline sua classe
Eduque pelo exemplo
Firme-se em Deus
Garanta um mundo cada vez melhor
Honre a missão do mestre
Instrua com sabedoria
Julgue-se antes de julgar seus alunos
Leia os grandes educadores
Medite os conselhos dos grandes mestres
Neutralize os rumores pessimistas
Orgulhe-se de ser mestre
Persista na verdade
Queira o melhor para seus alunos
Respeite seus educandos para ser respeitado
Sorria. Sorrindo, ilumine sua sala de aula
Trabalhe com amor
Unifique sua classe
Vença pela fé
X?

Zele com carinho por todos esses cuidados

e descubra por si mesma o X do Grande Mestre.

                                                                                                              Cecilia Bueno dos Reis Amoroso






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segunda-feira, 29 de março de 2010

Filme para trabalhar com adolescentes

DIÁRIO DE UM ADOLESCENTE

Já ouviu falar do poeta, músico e ator de cinema americano, Jim Carroll? Bem, descobri, assistindo ao ótimo filme O Diário de um Adolescente (1995), que, dos 13 aos 16 anos, ele sofreu demais por causa de drogas. Sua sorte foi encontrar uma pessoa disposta a ajudar (um amigo que o resgata à beira da morte e o tranca em casa para desintoxica-lo), e seu grande talento para as artes, que já despontava aos 12 anos, quando começou a escrever seu diário, que se transformaria em livro e filme no futuro. Uma mistura de alerta e desabafo, o filme é excelente, graças, ainda, ao talento do também adolescente na ocasião das filmagens, Leonardo Di Caprio.

As cenas do garoto preso num apartamento, passando pela desintoxicação são pra lá de realistas. Eu nunca vi ninguém naquela situação terrível, mas dizem que dói fisicamente e a pessoa entra num desespero total para conseguir qualquer coisa que faça parar a dor. Na primeira oportunidade, ele ganha as ruas e vai correndo atrás da droga. Sem dinheiro, procura a mãe, desesperado. Essa cena é muito forte, porque o ator tenta de tudo para que a mãe lhe dê dinheiro, gritando como um louco na sua porta. Ela, com o coração partido, chama a polícia para o próprio filho.

O ótimo roteiro (numa abordagem absolutamente adolescente, portanto, muito realista), a direção e o talento dos atores fazem de O Diário de um Adolescente um filme obrigatório para quem tem filhos numa idade perigosa. Para adolescentes que estão pretendendo se envolver com drogas, o filme é uma excelente "banho de água fria", podendo evitar o olhar de fascínio sobre esse universo, que TODO MUNDO SABE, nunca acaba em boa coisa. Você conhece algum viciado em drogas pesadas que tenha uma boa vida, produtiva, saudável e digna? Eu não!

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Sinopse

Em Nova York, Jim Carroll (Leonardo Di Caprio) é um promissor jogador de basquete, mas logo se afunda no submundo das drogas e, para manter o seu vício, ele rouba e se prostitui. Em plenos anos 70, ele e seus amigos começam a usar as mais diversas drogas para melhorar seu rendimento no basquete. Ele narra ainda, o destino de seus amigos: Pedro (James Madio), que se perde nas drogas, Mickey (Mark Wahlberg) que pega 15 anos de prisão após assassinar um traficante e Neutron (Patrick Mc Gaw), o mais consciente da turma, que pula do "trem" antes do precipício. É deplorável ver como eles vão topando qualquer coisa para conseguir as drogas. Para quem não conhece essa realidade, só assistindo o filme para entender do que um viciado é capaz.

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DRAMA DE UM APAIXONADO

"Quando a conheci tinha 16 anos.
ELA, eu não sei.
Fomos apresentados numa festa por um carinha
que se dizia meu amigo.
Foi amor a 1º vista.
ELA me enlouquecia.
Nosso amor chegou a um ponto que já não conseguia
mais viver sem ELA.
Mas era um amor proibido.
Meus pais não aceitaram.
Fui repreendido na escola e passamos até a nos
encontrar escondido, mas aí não deu mais.
Fiquei louco. Eu a queria mas não a tinha.
Eu não podia permitir que me afastassem DELA.
Eu a AMAVA.
Bati com o carro.
Quebrei tudo dentro de casa e quase matei minha irmã.
Estava louco.
Precisava DELA.
Hoje tenho 39 anos, estou abandonado pelos meus pais,
amigos e por ELA.
Seu nome?






COCAÍNA!

Devo tudo a ELA!
Meu amor...
Minha vida...
Minha destruição...
Minha MORTE".


Fred Mercury
Falecido Líder do Conjunto Queen



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quinta-feira, 25 de março de 2010

FILMES PARA TRABALHAR EM SALA DE AULA - II

 COACH CARTER - TREINO PARA A VIDA

Jovem gosta é de autoridade.


O jornalista Silóe de Almeida, que é também pastor adventista, disse certa vez que os jovens gostam de alguém que saiba usar autoridade, diferente do senso comum que apóia a idéia de rebeldia juvenil, aquela que não escuta ninguém, não respeita hierarquia e demonstra tendência para a marginalidade. Ele acredita que essa visão é imposição da mídia, aliada a uma busca de rumo perseguida pela própria juventude. Para o jornalista, a mais clara demonstração de que os jovens anseiam por autoridade é o crescimento da conversão de jovens ao Islamismo na Europa, uma religião com regras rígidas, e que aponta caminhos claros.

Lembrei dessa declaração após assistir "Coach Carter - Treino para a Vida" (2004), filme magistralmente estrelado pelo ator Samuel L. Jackson e dirigido por Thomas Carter. Trata-se de uma história baseada na incrível experiência de Ken Carter como professor do time de basquete da Richmond High School, que não conseguia vencer uma partida sequer.

O filme começa mostrando a chegada de um novo professor de basquete a uma escola típica das comunidades negras e pobres americanas, onde os jovens parecem à margem de qualquer cuidado governamental, demonstram nenhuma perspectiva de futuro e muito menos respeito a qualquer tipo de ordem estabelecida. Fica evidente o envolvimento dos jovens com as drogas, apesar de não ser explorado no roteiro (deixando claro que é possível, sim, fazer bons filmes sem consumo explícito de drogas, violência e sexo, por exemplo). Nesse cenário, surge o professor Carter, com a missão de resgatar a auto-estima dos jovens jogadores de basquete, notadamente um dos valores da escola.

Ao chegar, porém, Carter mostra ser mais do que um mero técnico esportivo. Evocando disciplina rígida, quase militar, ele conquista o respeito dos alunos rebeldes. Aos poucos, eles assimilam os regulamentos de Carter. As vitórias no esporte começam a aparecer. Mas surge um problema: os alunos não correspondem com um bom aproveitamento escolar, uma das exigências que Carter estabeleceu no contrato.

Na medida em que os estudantes não conseguiam bons resultados escolares, Carter cancela treinos e até jogos, no momento em que o time escolar já é um orgulho no bairro. A revolta é geral. Pais e professores protestam contra o professor. Ameaçam romper com as regras estabelecidas por Carter. Para eles, o professor Carter é um empecilho para aquele momento, que consideram ser o melhor que aqueles jovens podem conseguir. A partir daí, o professor tenta mostrar que há um futuro esperando por aqueles jovens, que ia muito além das quadras de basquete.

O filme mostra como é importante ter alguém que mostre uma perspectiva de futuro aos jovens. Carter oferece para seus atletas algo mais do que a glória momentânea do esporte, algo que nem os pais entendem. O técnico oferece uma vitória na vida, algo permanente, conseguido pelos estudos e que não foi conquistado pelos pais, vítimas de um sistema que os impedia de ter uma saudável ambição na vida.

Coach Carter deixa lição maravilhosa. É um dos filmes imprescindíveis, especialmente para quem trabalha com jovens. Mostra que relativizar preceitos e regulamentos para parecer simpático, por exemplo, nem sempre é o melhor caminho, e nem é isso que os jovens querem. Como sempre, e a despeito de toda uma cultura em contrário, é importante ter alguém que aponte para bons caminhos.

Fonte: bonsfilmes



PROVA DE FOGO

Sensível produção que tem no centro da trama uma garota de onze anos de idade que não leva uma vida nada fácil já que seu pai está morto, sua mãe é indiferente com ela e seu irmão está envolvida com as perigosas gangues de jovens da vizinhança. Assim, certo dia, o diretor de sua escola a chama para participar de um concurso de soletrar. Logo ele reconhece a inteligência e o talento da garota para tal coisa, fazendo com que ela se interesse em aperfeiçoar e treinar o seu talento. Isso a leva a conhecer um famoso treinador de soletração. Dai em diante começa um envolvimento novo para a garota que vê as chances de seus sonho se realizarem e percebe que na verdade, por mais que suas condições são adversas, ela tem muito valor quando tem a chance de participar do concurso nacional da categoria

Fonte: Site cineminha
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quarta-feira, 24 de março de 2010

NÓS SOMOS O TEXTO

TECNOLOGIAS INTELECTUAIS E MODOS DE CONHECER: NÓS SOMOS O TEXTO *

Pierre Lévy

O que acontece quando lemos ou escutamos um texto? Em primeiro lugar, o texto é perfurado, ocultado, permeado de brancos. São as palavras, os pedaços de frases que não ouvimos (não só no sentido perceptivo, mas também intelectual do termo). São os fragmentos de texto os quais não compreendemos, não tomamos em conjunto, não reunimos uns aos outros, negligenciamos. Paradoxalmente, ler, escutar, é começar por negligenciar, por não ler ou desligar o texto.

Ao mesmo tempo em que rasgamos o texto pela leitura, nós o ferimos. Nós o recolocamos sobre ele mesmo. Nós relacionamos, umas às outras, as passagens que se correspondem. Os pedaços dispersos sobre a superfície das páginas ou na linearidade do discurso, nós os costuramos em conjunto: ler um texto é reencontrar os gestos textuais que lhe deram seu nome.

FILMES PARA TRABALHAR EM SALA DE AULA

 Escritores da Liberdade

Quem é você? E as pessoas com as quais todo o dia interage? Com que profundidade conhece os seus colegas de trabalho? Se atua em educação, quais são as informações que possui a respeito de seus alunos? Normalmente temos apenas uma visão superficial e pouco clara da maior parte dos relacionamentos que estabelecemos ao longo de nossas existências. E será que estamos preocupados com isso?

Em se tratando de escolas, por exemplo, em muitos casos parece que o nosso único dever é o de ministrar aulas, passar conteúdos, preencher cadernetas, corrigir provas, cumprir cronogramas e planejamentos. O que não parece muito diferente daquilo que acontece em tantos outros setores produtivos da sociedade, sejam eles hospitais ou escritórios, fábricas ou lojas,...

Bater cartão, cumprir responsabilidades variadas, entregar resultados e atingir metas. Viver dentro de um sistema em que a meritocracia é o principal indicador de valor social nos distancia cada vez mais uns dos outros e, aos poucos, vai minando (a ponto de destruir em certos casos) a nossa humanidade. Devo esclarecer, dede já, que não sou contrário à produtividade, ao ganho, ao crescimento profissional e ao desenvolvimento econômico de pessoas, empresas e países.

No entanto creio que todos têm que ponderar questões e situações do mundo real que afetam a coletividade e que colocam barreiras e criam problemas a nossa existência. O debate sobre o aquecimento global, por exemplo, é um caso mais do que premente e fundamental para a existência de todas as formas de vida residentes nesse planeta. Da mesma forma, enquanto não nos preocuparmos sinceramente uns com os outros, iniciando essa ação a partir das pessoas que nos são mais próximas e presentes, como podemos imaginar que as questões globais poderão ser resolvidas?

“Escritores da Liberdade”, filme do diretor Richard LaGravenese, estrelado pela talentosa atriz Hillary Swank (duas vezes premiada com o Oscar, pelos filmes “Menina de Ouro” e “Meninos não choram”), baseado em história real, nos coloca em contato com uma experiência das mais enriquecedoras e necessárias. Sua trama gira em torno da necessidade de criarmos vínculos reais em sala de aula, conhecendo nossos alunos, despertando para suas histórias de vida, entendendo o que os motiva a ser as pessoas que são.

Emocionante relato de uma experiência bem-sucedida que ainda está em desenvolvimento, “Escritores da Liberdade” tem tudo para se tornar um novo libelo do cinema em prol da educação mais efetiva (como “Sociedade dos Poetas Mortos” ou “A corrente do Bem”), onde se respeitam alunos e professores e também em que as pessoas se percebem em suas particularidades e se permitem construir, conjuntamente, como aliados, um futuro melhor para todos. Imperdível!

Cansada do trabalho em empresas que desenvolvia até aquele momento e desiludida quanto às possibilidades de crescimento e realização pessoal naquele âmbito profissional, a jovem Erin Gruwell (Hillary Swank) resolve mudar de ares e dedicar-se à educação. Assume então uma turma de alunos problemáticos de uma escola que não está nem um pouco disposta a investir ou mesmo acreditar naqueles garotos.

A pecha de turma difícil, pouco afeita aos estudos e que vai à escola apenas para “cumprir tabela” se mostra, no começo da relação entre a nova professora e os alunos, uma realidade. O grupo, formado por jovens de diferentes origens étnicas (orientais, latinos e negros), demonstra intolerância e resistência à interação, preferindo isolar-se em guetos dentro da própria sala de aula.

A nova professora é vista por todos como representante do domínio dos brancos nos Estados Unidos. Os estudantes a entendem como responsável por fazer com que eles se sujeitem à dominação dos valores dos brancos perpetrados nas escolas. Suas iniciativas para conseguir quebrar essas barreiras aos relacionamentos dentro da sala de aula vão, uma a uma, resultando em frustrações.

Apesar de aos poucos demonstrar desânimo em relação às chances de êxito no trabalho com aquele grupo, Erin não desiste de sua empreitada. Mesmo não contando com o apoio da direção da escola e dos demais professores, ela acredita que há possibilidades reais de superar as mazelas sociais e étnicas ali existentes. Para isso, cria um projeto de leitura e escrita, iniciado com o livro O Diário de Anne Frank, em que os alunos poderão registrar em cadernos personalizados o que quiserem sobre suas vidas, relações, interações, idéias de mundo, leituras...

Ao criar um elo de contato com o mundo, Erin fornece aos alunos um elemento real de comunicação que lhes permite se libertar de seus medos, anseios, aflições e inseguranças. Partindo do exemplo de Anne Frank, menina judia alemã, branca como a professora, que sofreu perseguições por parte dos nazistas até perder a vida durante a 2ª Guerra Mundial, Erin consegue mostrar aos alunos que os impedimentos e situações de exclusão e preconceito podem afetar a todos, independentemente da cor da pele, da origem étnica, da religião, do saldo bancário.

“Escritores da Liberdade” é uma fabulosa história de vida que nos mostra como as palavras podem emancipar as pessoas e de que forma a educação, a cultura e o conhecimento são as bases para que um mundo melhor realmente aconteça e se efetive.



Desafiando Gigantes
Quem nunca teve que enfrentar grandes desafios na vida? A diferença entre o vencedor e o perdedor pode estar em sua fonte de apoio. Em seis anos como técnico de futebol americano de uma escola, Grant Taylor não consegue levar seu time, o Shiloh Eagles, a uma temporada de vitórias. Por isso, todos começam a vê-lo como um derrotado e a direção da escola pensa em demiti-lo.

Em casa, as dificuldades também o jogam mais para o fundo do poço. A esposa quer muito ter um filho e, depois de alguns exames, o casal descobre que o problema está com ele. Como os tratamentos de fertilidade são caros, a idéia do filho é deixada de lado. Depois de tantos reveses, o pensamento de desistir de tudo lhe passa pela cabeça. Até que um visitante inesperado o desafia a acreditar no poder da fé. E é na oração e na leitura da Bíblia que Taylor descobre a força da perseverança para vencer.

Depois de descobrir que a Bíblia pode ser a solução para sua vida, Taylor passa a usá-la no trabalho, contagiando os jovens que treina e promovendo mudanças na vida deles também.

A direção é de Alex Kendrick (que também é o ator principal) e a distribuidora é a Sony Pictures. Mesmo quem não entende nada de futebol americano (ou ache o esporte muito violento, como é o meu caso), pode se emocionar com essa produção que relaciona a fé em Deus às lutas e situações do dia-a-dia.

Embora certas situações e o desempenho dos atores deixem um pouco a desejar em alguns momentos, a produção tem qualidade comparável à dos típicos filmes hollywoodianos. A trilha sonora também ajuda bastante.

Dá para se promover boas discussões sobre fé prática, estudo da Bíblia, oração e testemunho.



O Náufrago
Chuck Noland (Tom Hanks) é um inspetor da Federal Express (FedEx), multinacional encarregada de enviar cargas e correspondências, que tem por função checar vários escritórios da empresa pelo planeta. Porém, em uma de suas costumeiras viagens ocorre um acidente, que o deixa preso em uma ilha completamente deserta por quatro anos. Com sua noiva (Helen Hunt) e seus amigos imaginando que ele morrera no acidente, Chuck precisa lutar para sobreviver, tanto fisicamente quanto emocionalmente, a fim de que um dia consiga retornar à civilização.


Homens de Honra
Promessas de filho para pai, persistência, honra e glória. Temas recorrentes na literatura e no cinema. De tempos em tempos, porém, alguém requenta os velhos clichês de maneira eficiente, já que uma lição de vida não faz mal a ninguém. Baseado na história real de Carl Brashear, "Homens de Honra" (EUA, 2000) mostra o velho embate entre o recruta e o oficial na Marinha, mas fica degraus acima de seus similares, em boa parte graças às interpretações na medida de Robert DeNiro e Cuba Gooding Jr.

Situada nos anos 40, a história mostra as esperanças de Carl (Gooding), filho de um lavrador humilde, em ser alguém na Marinha. Porém, ao chegar no navio, descobre que os negros são recrutados somente para trabalhar na cozinha. Banhos de mar, para os oficiais "de cor", somente às segundas-feiras. Eis que Carl, um belo dia, resolve tomar banho fora do horário determinado e mostrar aos superiores seus dotes como nadador. Após ser preso, consegue, com a ajuda do capitão Pullman (Powers Boothe), uma vaga como marinheiro salva-vidas.

Seu sonho, porém, é ser mergulhador da Marinha. Após dois anos de tentativas, consegue chegar à obscura escola de mergulho, comandada por Leslie Sunday (DeNiro). Lá, seguem-se as cenas de praxe, entre elas a que todos os outros recrutas deixam o alojamento no momento em que Carl entra. Claro que sobra para ele um amigo, o tímido e gago Snowhill (Michael Rapaport). Não há dúvida de que o filme mostra Carl como a pessoa mais perfeita e determinada do mundo, além do melhor mergulhador que a Marinha americana já teve...

Uma curiosidade no elenco é a presença de Charlize Theron, uma das jovens atrizes de maior prestígio no cinema atual. Charlize tem uma pequena participação, como a jovem esposa de Robert DeNiro. Mas suas cenas não são lá essas coisas.

Nunca se sabe, em filmes baseados em história real, o quanto há de verdade. Mas o preconceito não é atenuado pelo diretor George Tillman Jr., que, aliás, também é negro. Este é o segundo filme do cineasta, que estreou com o igualmente melodramático "Sempre aos Domingos", que enfoca a tradição do almoço dominical de uma família afro-americana.

Apesar de "formulaico" e longo demais, o roteiro acerta em cheio no desfecho, que, claro, ocorre em um tribunal militar. Após perder uma perna em acidente, Carl é obrigado a andar com uma roupa de mergulho com mais de 100 quilos para provar que ainda é capaz de continuar na profissão. E você pensava que sua vida era um calvário...


"Meu Nome é Rádio": as várias faces do preconceito
Apesar de afirmarmos que respeitamos as diferenças e não somos preconceituosos, a questão da discriminação e da intolerância mútua é uma realidade em nosso mundo e em nosso país também. Infelizmente, os discursos de igualdade não passam de mera falácia. É por isso que o filme "Meu Nome é Rádio" (2003, direção de Michael Tollin) não perde a atualidade e aborda a questão do preconceito em relação a pessoas portadoras de necessidades especiais e que apresentam maneiras diferentes de aprendizagem.

Além de uma bela atuação de Cuba Gooding Jr, a trama expõe o lado discriminador de todos nós. A abordagem ocorre em torno da incapacidade humana de compreender o seu próximo, respeitá-lo e verdadeiramente apoiá-lo para que consiga ter uma convivência saudável com aqueles que o rodeiam. Recheado de cenas emocionantes e sem a violência barata e banal que permeia a maioria dos filmes cuja temática é o preconceito, "Meu Nome é Rádio" é baseado em uma história real. Traz à tela a história de personagens de "carne e osso" que viveram na pele as várias faces do preconceito em uma sociedade que teima em se diferenciar e não em se unir para crescer.

Lutero
"Lutero" (Alemanha, 2003), versão cinematográfica sobre a vida de Martinho Lutero, o grande reformador do século XVI, é a produção de uma associação de cunho eclesiástico, Thrivent for Luterans. Filmada em 2003, conta com a direção de Eric Till, experimentado cineasta, e a participação de grande elenco de estrelas, dentre as quais se destaca a lendária figura de Peter Ustinov, no papel de Frederico da Saxônia.

O filme em si, segundo o princípio pedagógico que sustenta a idéia de que a aprendizagem pelo ouvir aumenta em proporções maiores pelo ver, já é uma significativa contribuição ao conhecimento histórico daquela fase do Cristianismo. Nesta resenha, não se pretende estruturar uma crítica dos elementos e recursos da dramaturgia que envolvem a encenação; mas destacar alguns aspectos históricos e teológicos, que por divergência ou omissão, se prestam a tal finalidade.

** LUTERO DIVIDIU A IGREJA?

No filme, a figura de Lutero ressalta na projeção de quase todas as cenas gravadas. Começa com a decisão de se tornar monge, ao sofrer os efeitos aterradores de uma seqüência de raios a cair no campo que ele atravessava. Seu martírio, nas cenas de auto-flagelação, corroboram a luta de consciência que experimentava por causa do sentimento de culpa. Seu reconhecimento sobre os méritos de Cristo, como causa única de perdão, o levam a contrariar as propostas do papado, de salvação mediante a venda de indulgências. Dessa maneira, Lutero torna-se o líder de multidões, enfrentando com coragem as pressões políticas da autoridade Real e da Igreja; apesar da fisionomia calma, quase impassível, que mostra em todo momento o ator que o representa.

Esses fatos, encenados dessa maneira, parecem confirmar o propósito dos idealizadores - o qual está claramente exposto no cartaz principal do filme, com os seguintes epítetos: “O Homem que Mudou o Mundo”, e “O Homem que dividiu a Igreja”.

Ninguém duvida que Lutero tenha sido o grande reformador da Igreja; mas, que ele e só ele tenha efetuado essa obra, é, no mínimo, ignorar o papel desempenhado por dois movimentos que o precederam, cuja função foi a de aplainar sua estrada de atuação. Esses dois movimentos foram a Pré-reforma e o Humanismo.

A Pré-reforma não foi um movimento unificado que apresentasse características típicas de uma organização social. Foi, sim, a contribuição individual, algumas vezes o clamor de eremitas emitindo vozes para os quatro ventos, clamando por uma nova forma de religiosidade. A Pré-reforma foi o despertar de uma nova aurora tanto racional como religiosa com a finalidade de tornar a Igreja uma sociedade capaz de manter comunhão com Deus e cumprir sua missão.

Enumerar esses paladinos da nova esperança é só uma tentativa obstinada de manter na memória alguns personagens como Cláudio de Turim, Pedro de Bruys, Arnaldo de Brescia, Pedro Valdo, Tanquelmo, Eudo de Estela, Pedro Grossetete, Wicleff, João Hus, Savonarola - alguns dos quais testemunharam suas aspirações com a própria vida.

Não menos relevante e oportuno, para o processo de reforma, foi o movimento filosófico literário denominado “Humanismo”. Embora as pretensões das principais figuras desse movimento não tivessem o ideal de religiosidade, suas obras foram um desafio e acusação contra o autoritarismo e corrupção do papado. Figuram entre esses autores: Francesco Petrarca, cujas obras escritas em latim condenavam a corrupção do clero; Giovanni Boccaccio, autor de Decamerone, obra de humorismo anti-clerical; Tomas Morus, que deixa transparecer seus desejos de reforma com suas obras Utopia e Restitutio Christianismi; Francesco Fillelfo, que propõe na sua obra Theologia Platonica da Immortalitate Animorum uma nova fórmula de salvação; Dante Alighieri, com sua Divinita Commedia, condena ao inferno vários prelados da Igreja; Erasmo de Rotherdam, contemporâneo de Lutero, escreveu Moriae Encomium, uma sátira contra o clero.

 
Fonte: bonsfilmes


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CONTOS AFRICANOS

Lenda do tambor africano - Contos tradicionais dos países lusófonos

CONTO POPULAR DA GUINÉ-BISSAU

    Dizem na Guiné que a primeira viagem à Lua foi feita pelo Macaquinho de nariz branco. Segundo dizem, certo dia, os macaquinhos de nariz branco resolveram fazer uma viagem à Lua a fim de traze-la para a Terra. Após tanto tentar subir, sem nenhum sucesso, um deles, dizem que o menor, teve a idéia de subirem uns por cima dos outros, até que um deles conseguiu chegar à Lua. Porém, a pilha de macacos desmoronou e todos caíram, menos o menor, que ficou pendurado na Lua. Esta lhe deu a mão e o ajudou a subir. A Lua gostou tanto dele que lhe ofereceu, como regalo, um tamborinho. O macaquinho foi ficando por lá, até que começou a sentir saudades de casa e resolveu pedir à Lua que o deixasse voltar. A lua o amarrou ao tamborinho para descê-lo pela corda, pedindo a ele que não tocasse antes de chegar à Terra e, assim que chegasse, tocasse bem forte para que ela cortasse o fio. O Macaquinho foi descendo feliz da vida, mas na metade do caminho, não resistiu e tocou o tamborinho. Ao ouvir o som do tambor a Lua pensou que o Macaquinho houvesse chegado à Terra e cortou a corda. O Macaquinho caiu e, antes de morrer, ainda pode dizer a uma moça que o encontrou, que aquilo que ele tinha era um tamborinho, que deveria ser entregue aos homens do seu país. A moça foi logo contar a todos sobre o ocorrido. Vieram pessoas de todo o país e, naquela terra africana, ouviam-se os primeiros sons de tambor.

Fonte: Site shvoong

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segunda-feira, 22 de março de 2010

Armadilha para ajudar no combate ao Aedes Aegypti

Como fazer uma 'mosquitérica'


A armadilha feita com garrafas pet pode ajudar no combate ao aedes aegypti.

  • Junte os seguintes materiais: uma garafa pet de 1,5 ou dois litros; uma tesoura; uma lixa de madeira nº 180; um rolo de fita isolante preta; um pedaço (7 x 7 cm) de tecido chamado micro tule, também conhecido como véu-de-noiva; quatro grãos de alpiste ou uma pelota de ração felina;

domingo, 21 de março de 2010

O XADREZ DAS CORES

Este vídeo conta a história de Cida, uma mulher negra de quarenta anos, que vai trabalhar para Maria, uma velha de oitenta anos, viúva e sem filhos, que é extremamente racista. A relação entre as duas mulheres começa tumultuada, com Maria tripudiando em cima de Cida por ela ser negra. Cida atura a tudo em silêncio, por precisar do dinheiro, até que decide se vingar através de um jogo de xadrez.


Aplicabilidades:
» Disciplinas/Temas transversais: Cidadania, Discriminação e preconceito racial, História, Língua Portuguesa, Pluralidade Cultural, Psicologia
» Faixa Etária: Todas as idades
» Nivel de Ensino: Ensino Fundamental I, Ensino Fundamental II, Ensino Médio


Clique em "MAIS INFORMAÇÕES" para ver o VÍDEO.


sábado, 20 de março de 2010

Podemos fazer a diferença...

Relata a Sra. Teresa, que no seu primeiro dia de aula parou em frente aos seus alunos da 5ª série primária e, como todos os demais professores, lhes disse que gostava de todos por igual. No entanto, ela sabia que isto era quase impossível, já que na primeira fila estava sentado um pequeno garoto chamado Ricardo.

A professora havia observado que ele não se dava bem com os colegas de classe e muitas vezes suas roupas estavam sujas e cheiravam mal. Houve até momentos em que ela sentia prazer em lhe dar notas vermelhas ao corrigir suas provas e trabalhos.

Ao iniciar o ano letivo, era solicitado a cada professor que lesse com atenção a ficha escolar dos alunos, para tomar conhecimento das anotações. Ela deixou a ficha de Ricardo por último. Mas quando a leu foi grande a sua surpresa.

Ficha do 1º ano: "Ricardo é um menino brilhante e simpático. Seus trabalhos sempre estão em ordem e muito nítidos. Tem bons modos e é muito agradável estar perto dele”.

Ficha do 2º ano: “Ricardo é um aluno excelente e muito querido por seus colegas; mas tem estado preocupado com sua mãe que está com uma doença grave e desenganada pelos médicos. A vida em seu lar deve estar sendo muito difícil.”

Ficha do 3° ano: "A morte de sua mãe foi um golpe muito duro para Ricardo. Ele procura fazer o melhor, mas seu pai não tem nenhum interesse e logo sua vida será prejudicada se ninguém tomar providências para ajudá-lo”.

Ficha do 4°ano: "Ricardo anda muito distraído e não mostra interesse algum pelos estudos. Tem poucos amigos e muitas vezes dorme na sala de aula”.

Deu-se conta do problema e ficou terrivelmente envergonhada. Piorou quando lembrou dos lindos presentes de Natal que os alunos lhe haviam dado, com papéis coloridos, exceto o de Ricardo, que estava enrolado num papel de supermercado.

Lembrou que abriu o pacote com tristeza, enquanto os outros garotos riam ao ver uma pulseira faltando algumas pedras e um vidro de perfume pela metade.

Apesar das piadas ela disse que o presente era precioso e pôs a pulseira no braço e um pouco de perfume sobre a mão. Naquela ocasião Ricardo ficou um pouco mais de tempo na escola do que o de costume. Relembra, ainda, que ele lhe disse que ela estava cheirosa como sua mãe.

Naquele dia que todos se foram, a professora chorou por longo tempo... Em seguida, decidiu mudar sua maneira de ensinar e passou a dar mais atenção aos seus alunos, especialmente a Ricardo.

Com o passar do tempo ela notou que o garoto só melhorava. E quanto mais ela lhe dava carinho e atenção, mais ele se animava. Ao finalizar o ano letivo, Ricardo saiu como o melhor da classe.

Seis anos depois, recebeu uma carta de Ricardo contando que havia concluído o segundo grau e que ela continuava sendo a melhor professora que tivera.

As notícias se repetiram até que um dia ela recebeu uma carta assinada pelo Dr. Ricardo Stoddard, seu antigo aluno, mais conhecido como Ricardo. Mas a história não terminou aqui.

Tempos depois recebeu o convite de casamento e a notificação do falecimento do pai de Ricardo. Ela aceitou o convite e no dia do casamento estava usando a pulseira que ganhou de Ricardo anos antes, e também o perfume.

Quando os dois se encontraram, abraçaram-se por longo tempo e Ricardo lhe disse ao ouvido: "Obrigado por acreditar em mim e me fazer sentir importante, demonstrando-me que posso fazer a diferença”.

E com os olhos banhados em lágrimas sussurrou: "Engano seu! Depois que o conheci aprendi a lecionar e a ouvir os apelos silenciosos que ecoam na alma do educando. Mais do que avaliar as provas e dar notas, o importante é ensinar com amor mostrando que sempre é possível fazer a diferença...”.

E você...
Tem feito algo pelo próximo e respeitado seus limites?
Tem auxiliado em suas angústias e dificuldades?
Tem partilhado o peso de sua cruz?
Ou será que tem se limitado a julgar e criticar?

Autor: Desconhecido

Fonte: Recebido por e-mail.


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Dicionário dos Mano:

*Mano não vai embora...vaza

*Mano não briga...arranja treta

*Mano não bebe...chapa o coco

*Mano não cai...capota

*Mano não entende...se liga

*Mano não fuma...dá uns pega

*Mano não passeia...dá um rolê

*Mano não come...ranga

*Mano não entra...cai pra dentro

*Mano não mata...destrói/dichava

*Mano não fala....troca ideia

*Mano não dorme...apaga

*Mano nunca tá apaixonado...tá afim

*Mano não namora...dá uns cato

*Mano não mente...dá um migué

*Mano não ouve música...curte um som

*Mano não se dá mal...a casa cai

*Mano não acha interessante...acha irado/ bem lôco

*Mano não tem amigos...tem uns truta /uns camarada

*Mano não mora em bairro...se esconde nas quebrada

*Mano não vai para a praia...cai pro Litoral

*Mano não tem namorada...tem mina

*Mano não faz algo legal...faz umas parada firmeza

*Mano não é gente...é mano

**E para finalizar:

"Sangue na veia de mano não corre...tira racha."

CERTO MANO????

Este texto registra algumas gírias utilizadas por grupos de Rap.

Fonte: Segundo o livro "Português: Linguagens" de William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães, a música foi apresentada pela Banda "Os Racionais", porém não consegui confirmar a veracidade da informação.


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GÍRIA X JARGÃO

VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS são variações que uma língua apresenta. Essas variações são justificadas não apenas pelo fato histórico, que, necessariamente, leva a profundas transformações qualquer língua, como também pelas diferenças regionais, sociais, grau de escolaridade, sexo e principalmente pelas categorias profissionais.
O que é muito importante compreender é que essas variações não devem ser vistas como 'erro' e sim como variações.
A GÍRIA é uma das variedades que a língua pode apresentar. A língua varia  no tempo e no espaço, onde essas variações são as palavras que entram e saem da moda, de tempos em tempos.
Geralmente é criada por um grupo social (jovens, surfistas, rap, funk, etc).


A gíria é chamada de jargão quando é restrita a uma profissão.
O JARGÃO é o modo de falar específico de um grupo, geralmente ligado à profissão. Ex: Jornalistas, médicos, dentistas. psicólogos e outras profissões.
Portanto, para saber se adequar a diferentes situações de comunicação, com variações linguísticas próprias de cada ocasião, você precisa ser um "poliglota na própria língua"...


Fonte:
*Português: Linguagens
 Tereza Cochar Magalhães e William Roberto Cereja
 Volume único - Atual Editora

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quinta-feira, 18 de março de 2010

O texto abaixo é um bom exemplo de variação linguística.

SANTOS NOMES EM VÃO

Drama verídico e gerado por virgulazinhas mal postas, cúmplices de tantas reticências.
Praxedes é gramático. Aristarco também. Com esses nomes não poderiam ser cantores de rock. Os dois trabalham num jornal. Praxedes despacha as questiúnculas à tarde. Aristarco, à noite. Um jamais concordou com uma vírgula sequer do outro, e é lógico que seja assim. Seguem correntes diversas. A gramática tem isso: é democrática. Permitindo mil versões, dá a quem sustenta uma delas o prazer de vencer.

Praxedes é um santo homem. Aristarco também. Assinam listas, compram rifas, ajudam quem precisa. E são educados. A voz dos dois é mansa, quase um sussurro. Mas que ninguém se atreva a discordar de um pronome colocado por Praxedes. Ou de uma crase posta por Aristarco. Se a conversa ameaça escorregar para os verbos defectivos ou para as partículas apassivadoras, melhor escapar enquanto dá. Porque aí cada um deles desanda a bramir como um leão. [...]

Para que os dois não se matem, o chefe pôs cada um num horário. Praxedes, mais liberal (vendilhão, segundo Aristarco), trabalha nos suplementos do jornal, que admitem uma linguagem mais solta. Aristarco, ortodoxo (quadradão, segundo Praxedes) assume as vírgulas dos editoriais e das páginas de política e economia. [...]

Sempre estiveram a um passo do quebra-pau. Hoje, para festa dos ignorantes e dos mutiladores do idioma, parece que finalmente vão dar esse passo. É dia de pagamento e eles se encontram na fila do banco. Um intrigante vem pondo fogo nos dois há já um mês e agora ninguém duvida: nunca saberemos quem é o melhor gramático, mas hoje vamos descobrir quem é o mais eficiente no braço.

Aristarco toma a iniciativa. Avança e despeja:

- Seu patife, biltre, poltrão, pusilânime.

Praxedes responde à altura:

- Seu panaca, almofadinha, calhorda, caguincha.

Aristarco mete o dedo no nariz de Praxedes:

- É a vossa progenitora!

Praxedes toca o dedo no nariz de Aristarco:

- É a sua mãe!

Engalfinham-se, rolam pelo chão, esmurram-se.

Quando o segurança do banco chega para apartar, é tarde, Praxedes e Aristarco estão desmaiados um sobre o outro, abraçados, como amigos depois de uma bebedeira.

O guarda pergunta à torcida o que aconteceu. Um boy que viu tudo desde o início explica:

- Pra mim, esses caras não é bom de bola. Eles começaram a falá em estrangeiro, um estranhô o outro, os dois foram se esquentando, esquentando, e aí aquele ali, ó, que também fala brasileiro, pôs a mãe no meio. Levô uma bolacha e ficô doido: enfiô o braço no focinho do outro. Aí os dois rolô no chão.

Para a sorte do boy, Aristarco e Praxedes continuavam desacordados.

(DREWNICK, Raul.O Estado de São Paulo,Caderno 2, p. 2, 1998)

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quarta-feira, 17 de março de 2010

PLANO DE AULA

TEMA: Classes gramaticais (substantivo, adjetivo, verbo) – Revisão.

PÚBLICO-ALVO: Alunos do 6º ano (5ª série) do Ensino Fundamental

TEMPO DE AULA: 2 de 50 minutos

OBJETIVOS:

• Revisar as classes gramaticais;
• Esclarecer dúvidas sobre o assunto;
• Avaliar o desempenho dos alunos durante a execução das tarefas.

METODOLOGIA:

Exposição de CD que possui a música cujo título é “Gramática”, do grupo Palavra Cantada, e resolução de tarefas.

RECURSOS: Aparelho de som, texto impresso, cd, lousa, caneta pilot.

CRONOGRAMA DO TRABALHO:

1º momento:

1- Passar para os alunos a cópia da letra da música “Gramática”;
2- Pôr o CD para que os alunos conheçam a letra e o ritmo da música;
3- Colocar novamente o CD para que os alunos possam acompanhar e cantar.

TEMPO ESTIMADO: 15 minutos

2º momento:

1- Solicitar que os alunos identifiquem quais são as classes gramaticais mencionadas na letra da música;
2- Após a execução da atividade, revisar as três classes gramaticais por eles identificadas. Utilizar a lousa para expor exemplos previamente definidos.

 Substantivo: palavra variável que designa ou dá nome a todos os seres existentes - pessoas, objetos, animais, lugares, sentimentos, etc.

Ex.: Ana, casa, bola, cachorro, amor, felicidade.

 Adjetivo: palavra variável que atribui características aos substantivos.

Ex.: bonito, feio, feliz, triste, amoroso, gostoso.

 Verbo: palavra variável que informa ação, estado, fato ou fenômeno.

Ex.: amar, beber, partir.

TEMPO ESTIMADO: 40 minutos

 3º momento:

1- Solicitar que os alunos façam uma paródia da música “Gramática” utilizando orações que contenham as três classes gramaticais revisadas.
2- Pedir que os alunos destaquem as classes gramaticais presentes na paródia com cores diferentes, sendo:

 Verde – substantivo
 Amarelo – verbo
 Azul- adjetivo

3- Verificar se os alunos perceberão as cores da bandeira do Brasil presentes nesta atividade, aproveitando, assim, para avaliar a percepção da turma diante do exposto.
4- Observar os alunos durante as atividades, orientá-los e esclarecer dúvidas.

TEMPO ESTIMADO: 45 minutos

AVALIAÇÃO: Levar em conta o desempenho dos alunos individualmente e da turma de forma geral, a fim de acompanhar o seu desenvolvimento e, ainda, julgar se o objetivo foi alcançado.

Elaborado por: Denise Ribeiro



REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA :

PASCHOALIN, Maria Aparecida. Gramática:Teoria e Exercícios/Paschoalin & Spadoto – São Paulo: FTD, 1989.

PLANO DE AULA

PÚBLICO-ALVO: Alunos do 6º ano (5ª série) do Ensino Fundamental.

TEMA: Adjetivo

TEMPO DE AULA: 2 de 50 minutos

OBJETIVO: Levar os alunos a identificarem as características, qualidades, defeitos, aparências e estados dos seres, para que assim, possam compreender melhor o mundo em que vivemos, respeitando as diferenças e semelhanças de cada indivíduo.

METODOLOGIA:

1º momento: Acionamento do conhecimento prévio:

1. Separar a turma em grupos.
2. Distribuir revistas e jornais aos alunos, pedindo que selecionem gravuras e fotografias, que sejam de seus interesses.
3. Distribuir cartelas coloridas com adjetivos variados (os adjetivos poderão ser repetidos) e pedir que os alunos escolham aqueles que melhor correspondam às gravuras que escolheram.
4. Colar na lousa: as figuras e os adjetivos escolhidos por cada grupo.
5. Após a execução da atividade, explicar o porquê dos adjetivos tendo como parâmetro as respostas dadas pelos grupos.

TEMPO ESTIMADO: 30 minutos

2º momento: Desenvolvimento:

Realizar a explicação da classe gramatical, fazendo uso da lousa e de exemplos previamente definidos.

  • Os adjetivos modificam os substantivos dando-lhes qualidades, defeitos, demonstrando seu estado e sua origem.

  •  Demonstrar na lousa os exemplos abaixo:
 Qualidade: Menina estudiosa.

 Defeito: Menina gulosa.

 Estado: Menina feliz.

 Aspecto ou aparência: Menina magra.

 Origem: Menina brasileira.


  • Oferecer uma folha para que cada aluno utilize adjetivos para fazer a sua própria descrição, tornando assim possível a sua identificação através de suas características pessoais, constando uma qualidade, um defeito, sua aparência (cor dos olhos e cabelos...), sua origem etc.

  • Após a entrega das respostas fazer a dinâmica, “Quem sou eu?”.
Os alunos deverão adivinhar de que aluno se está falando.

Com o desenvolvimento desta atividade será possível avaliar se houve ou não a compreensão do ponto gramatical apresentado e a percepção de sua funcionalidade dentro do contexto comunicativo.

TEMPO ESTIMADO: 40 minutos

AVALIAÇÃO:


  • Entregar aos alunos o poema “As borboletas”, de Vinícius de Moraes e a Charge (Hagar)

  • Pedir para que eles, em dupla, descubram os adjetivos que aparecem nos dois textos.

  • Observar os alunos durante as atividades, orientá-los e levá-los ao debate.

  •  Registrar o desempenho dos alunos individualmente e da turma de forma geral, para acompanhar o desenvolvimento de cada um e verificar se o objetivo foi alcançado.
TEMPO ESTIMADO: 30 minutos

Texto 1


As borboletas

Brancas
Azuis
Amarelas
E pretas
Brincam
Na luz
As belas
Borboletas.

Borboletas brancas
São alegres e francas.

Borboletas azuis
Gostam muito de luz.

As amarelinhas
São tão bonitinhas!

E as pretas, então. . .
Oh, que escuridão!

(Vinícius de Moraes)



Elaborado por: Denise Ribeiro



Referências bibliográficas:

CEREJA, W. R. e MAGALHÃES, T. C. - Gramática: texto, reflexão e uso. São Paulo: Atual, 1998.
SARMENTO, L. L e TUFANO, D. – Português: literatura, gramática, produção de texto.– São Paulo: Moderna, 2004.
MARTOS, C. R. – Português: viver e aprender. - São Paulo: Saraiva, 1994.

terça-feira, 16 de março de 2010

Cidade de Deus - Rubem Fonseca

Análise da estrutura da Narrativa

INTRODUÇÃO

José Rubem Fonseca, nasceu em Juiz de Fora, Minas Gerais, em 11 de maio de 1925. Formou-se em Direito, tendo exercido várias atividades antes de dedicar-se inteiramente à literatura. Em 31 de dezembro de 1952 iniciou sua carreira na polícia, como comissário, no 16º Distrito Policial, em São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Após sair da polícia, Rubem Fonseca trabalhou na Light até se dedicar integralmente à literatura.

Rubem Fonseca é um dos poucos autores que consegue transmitir em seu texto a realidade como ela é. Talvez por ter trabalhado na polícia e conhecer o mundo dos escroques, das prostitutas, dos agiotas, dos policiais corruptos, dos bandidos de colarinho branco, enfim, ele sabe retratar a realidade marginal. Os criminosos de Rubem Fonseca têm um perfil praticamente psicopata, já que cometem seus crimes sem remorsos. Sua narrativa é meticulosamente bruta ao retratar a violência carioca.

domingo, 14 de março de 2010

O verbo e seus filhotes

O VERBO é, provavelmente, um "ser traumatizado". É mal falado desde a infância.

As crianças o detestam e os adultos o maltratam, mas todos precisam dele. Sem o VERBO, nossa comunicação seria muito deficiente.

Os verbos irregulares são os que mais sofrem em nossas mãos. Lemos frequentemente num bom jornal: "Se eles conterem o emocional chegam à final". Além da rima (emocional e final), podemos observar o mau uso do verbo CONTER. O certo é: "Se eles CONTIVEREM o emocional ... " O verbo CONTER é derivado do verbo TER. Deve, por isso, seguir a conjugação do verbo primitivo (= TER). Todo filhote deve seguir o exemplo do pai: "Se eles TIVEREM... " > "Se eles CONTIVEREM ... " Essa regra vale para todos os verbos derivados de TER: conter, manter, deter, reter, obter, abster ...

Encontramos também esta manchete num outro jornal: "Policiais não deteram os suspeitos." Deve ser por isso que eles fogem! Deteram é impossível! O certo é: "Policiais não DETIVERAM os suspeitos." A 3ª pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo do verbo TER é TIVERAM. Assim sendo, temos: eles DETIVERAM, RETIVERAM, OBTIVERAM, MANTIVERAM ...



Fonte: Redação para todos - Verbos - Pág. 5 - Case Editorial

sábado, 13 de março de 2010

Estrutura dos verbos - Parte V

MORFEMA ZERO

Diz-se que é ZERO  o morfema que falta numa dada estrutura.

Exemplo:

RD +        VT +      DMT +      DNP       =        FORMA

FIZ          **zero         zero          zero        =        FIZ

FAL              A           VA            zero        =         FALAVA

PART         **zero       zero            O          =         PARTO

** Obs: Em forma verbal sem Vogal Temática, não há Tema; é forma ATEMÁTICA


ALOMORFES OU VARIANTES

Alterações que, em certas circunstâncias, se processam nos morfemas.

Exemplo:

RD +           VT +      DMT +          DNP      =       FORMA

**AM            E          zero                  I            =       AMEI

**FAL           O         zero                 U            =       FALOU

TEM               I            A                   M           =      TEMIAM

PART              E          zero                S            =       PARTES


• ** O “E” e o “O” são alomorfes da vogal temática “A”, característica da 1a conjugação ( AM-A-R; FAL-A-R).

• O “I” é alomorfe da vogal temática “E”, característica da 2a conjugação (TEM-E-R).

• O “E” é alomorfe da vogal temática “I”, característica da 3a conjugação (PART-I-R).

 
FONTES BIBLIOGRÁFICAS:

RIBEIRO, Manoel Pinto. Nova Gramática Aplicada da Língua Portuguesa – Rio de Janeiro: Metáfora Editora, 2006
SILVA, Sérgio Nogueira Duarte da. Língua Portuguesa – Matéria completa para concursos - Degrau Cultural
SOUZA, J. B. e CAMPEDELLI, S.Y. Minigramática – 2ª ed. - São Paulo: Saraiva, 2001.

Internet:

http://recantodasletras.uol.com.br/teorialiteraria/916170
http://educacao.uol.com.br/portugues/verbo-2.jhtm
http://www.jurisway.org.br/v2/cursoonline.asp?id_curso=630&id_titulo=8354&pagina=1
http://portuguesnaveia.blogspot.com/2008_08_01_archive.html
http://www.interaula.com/resumos/portugues/p0001.htm
http://www.vestibular1.com.br/
https://ead.serpro.gov.br/cursos/Linguagem/html/Mod3/licao_07.pdf

sexta-feira, 12 de março de 2010

Estrutura dos verbos - Parte IV

FORMAS NOMINAIS DO VERBO

Formas nominais dos verbos são aquelas que podem desempenhar também a função de nomes (substantivos, adjetivos e advérbios) em determinados contextos ou em certas situações.

Existem três tipos de formas nominais dos verbos:

• infinitivo
• particípio
• gerúndio

Para as formas nominais , o verbo tem a seguinte estrutura:

• Tema (Radical + vogal temática) + Desinências (de infinitivo, de gerúndio e de particípio)

quinta-feira, 11 de março de 2010

Estrutura dos verbos - Parte III

DESINÊNCIAS


Desinências são as partes que indicam a pessoa do discurso (1ª, 2ª ou 3ª), o número (singular ou plural), o tempo e o modo do verbo.

São dois os tipos de desinências:

  • Desinência número-pessoal indica a pessoa do discurso (1ª, 2ª ou 3ª) e o número (singular ou plural):
cant - o (desinência -o) = 1ª pessoa do singular
cant - s (desinência -s) = 2ª pessoa do singular
canta (sem desinência na 3ª pessoa do singular)
canta - mos (desinência -mos) = 1ª pessoa do plural
canta - is (desinência -is) = 2ª pessoa do plural
canta - m (desinência -m) = 3ª pessoa do plural

  • Desinência modo-temporal - As desinências modo-temporais, quando existem, aparecem depois da vogal temática e identificam em que modo e tempo está o verbo.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Estrutura dos verbos - Parte II

Vamos agora ver um pouquinho sobre cada uma desses elementos estruturais...


RADICAL

Radical é a parte que contém a significação básica da palavra. Normalmente ela se repete em todos os modos e tempos, sem sofrer modificações. Para obter o radical de um verbo, basta eliminar as duas últimas letras do infinitivo.

and - ar
bat – er
permit – ir
ouv – ir
perd - er

Obs.: Os verbos irregulares afastam-se do modelo padrão de conjugação, pois apresentam pequenas alterações, que podem ocorrer tanto no radical como nas desinências.

Variante de radical

É o radical que apresenta diferença fonética em relação ao radical base, sem alterar o sentido. Caracteriza os verbos irregulares.

Ex.: Fazer -> FAZ é o radical base.

Faço, Fizeste, Fez -> FAÇ, FIZ, FEZ são variantes de radical.

Obs.: Alteração gráfica: é a mudança gráfica que o radical sofre para manter a mesma estrutura fonética. Não é variante de radical. Não caracteriza uma irregularidade verbal. Os verbos são regulares.

Ex.: DIRIGir -> DIRIJo ; JOGar -> JOGUemos

VOGAL TEMÁTICA

Vogal Temática é a parte que indica a conjugação a que os verbos pertencem, constituída pela vogal que aparece depois do radical. É o elemento que possibilita a ligação entre o radical e as desinências.

• -a- indica a 1ª conjugação: pular, solar, deixar.
• -e- indica a 2ª conjugação: fazer, esquecer, sofrer, viver.
• -i- indica a 3ª conjugação: permitir, assistir, decidir.

Obs.: O verbo pôr e seus derivados (supor, depor, repor, compor, etc) pertencem à segunda conjugação, pois sua vogal temática é -e-, obtida de forma portuguesa arcaica poer, do latim ponere.

TEMA

Dá-se o nome de Tema ao conjunto formado pelo radical e pela vogal temática.
fala – r
bebe - r
fugi – r

terça-feira, 9 de março de 2010

Estrutura dos verbos - Parte I

ESTRUTURA DOS VERBOS


Em todos os principais idiomas falados no mundo, os verbos desempenham funções extremamente importantes, já que praticamente todas as frases e orações são organizadas em torno deles. Verbo significa palavra, portanto é essencial à nossa comunicação.

Verbo é a palavra que se flexiona em:

• número - singular ou plural
• pessoa - 1ª , 2ª , 3ª
• tempo - presente, passado, futuro
• modo - indicativo, subjuntivo, imperativo
• voz - ativa, passiva e reflexiva

Pode expressar:

• ação - andar, fazer, correr, redigir, trabalhar...
• estado ou mudanças de estado - ser, ficar, permanecer...
• fenômeno natural - amanhecer, trovejar, chover, nevar...
• ocorrência - acontecer, suceder...
• desejo - aspirar, querer, desejar...

As formas verbais apresentam três elementos estruturais:

• radical
• vogal temática
• desinências

Obs.: Estes elementos podem aparecer modificados foneticamente (variantes) e, com exceção do radical, podem até não estar presentes (Zero).

segunda-feira, 8 de março de 2010

TEXTOS

PERSPECTIVAS DE GÊNEROS
1- Científico

O texto científico é um espaço complexo de constituição do conhecimento científico. O objetivo do texto científico é produzir e divulgar verdades científicas. Por conta desse objetivo, esse texto não se direciona apenas à academia e sim à humanidade.

Estrutura:

• Introdução – desenvolvimento – conclusão
• Complementares: prefácio, sumário, referências...

Características:

• Descreve o processo de pesquisa detalhadamente, para que outro pesquisador possa refazê-la, se o desejar.
• Escrita descritiva e argumentativa.
• Bom uso das informações documentadas (fichamento) – demonstrar conhecimento aprofundado do assunto.
• Disposição coerente e oportuna do raciocínio do investigador.
• Versa sobre temas que podem ser tratados cientificamente, à luz da experimentação, do raciocínio lógico, da análise, da aplicação de um método/técnica.
• Objetiva expor informações comprovadas ou passíveis de comprovação, divulgar ideias próprias ou de outrem, partilhar um saber, informar.
• Estilo marcado pela objetividade, precisão, clareza, concisão, simplicidade e formalidade.
• Impessoalidade no texto, ou seja, o uso da terceira pessoa do singular na voz ativa. Exemplo: “Pretende-se, neste estudo...”, “Justifica-se, assim,...”.
• Linguagem respeitando o padrão culto da escrita, usando terminologia específica da área do saber, recorrência ao sentido denotativo da palavra.

Exemplo de texto científico:

“Este trabalho visa empreender reflexões acerca do uso de atividades lúdicas no ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa pautado pela experiência já consagrada desse tipo de atividade no ensino de Língua Inglesa, notadamente em cursos extracurriculares de idiomas. [...]”.

(Costa, Andréa Volante - O lúdico na sala de aula de língua portuguesa no fundamental, 2008.).

O texto acima é científico, pois versa sobre um tema que podem ser tratado cientificamente, à luz da experimentação, do raciocínio lógico, da análise, da aplicação de um método/técnica.

Este texto, em especial, objetiva expor informações comprovadas ou passíveis de comprovação, divulga ideias próprias ou de outrem, partilha um saber, informa. A linguagem utilizada respeita o padrão culto da escrita, usando terminologia específica da área do saber, recorrendo ao sentido denotativo da palavra.


2- Didático

Os textos didáticos são utilitários, criados com o intuito de transmitir conhecimento e de maneira a que todos os leitores, ao final da leitura, cheguem a uma mesma, específica e única interpretação.

Características:

• São impessoais e objetivos, abordando fatos e eventos pretensamente acontecidos, assim como informações científicas ou técnicas consideradas verdadeiras, tudo isso vinculado a programas educacionais.

Exemplo de texto didático:

"A grande marca deixada pelos paulistas na vida colonial do século XVII foram as bandeiras. Expedições que reuniam às vezes milhares de índios lançaram-se pelo sertão, aí passando meses e às vezes anos, em busca de indígenas a serem escravizados e metais preciosos. (…) A grande bandeira de Manuel Preto e Raposo Tavares que atacou a região de Guaíra em 1629, por exemplo, era composta de 69 brancos, 900 mamelucos e 2.000 indígenas."

(FAUSTO, Boris. História do Brasil. Edusp, p.94).

Este texto é caracterizado como didático, pois é um texto que visa expor um conteúdo específico da História do Brasil em uma linguagem acessível aos professores e alunos do ensino médio ou superior e por ser, em especial, um texto voltado para o processo de ensino-aprendizagem.

3- Jornalístico

A função de um jornal é informar, "sem expor uma opinião própria do autor". Portanto, um texto jornalístico deve ser coerente e claro para que possa informar corretamente e não dar chances a segundas interpretações.

Um exemplo desse tipo de texto são as notícias de acidentes. Dia, hora e motivos são detalhados e por mais grotescos que sejam, são narrados sem sentimentos de pena ou compaixão. Podemos citar como exemplo também as notícias políticas que informam ao público sem que o autor mencione se tais ações são boas ou ruins ao seu olhar.

Características:

• Linguagem formal e direta.
• Sua forma de escrita é impessoal, sendo escrito na 3ª pessoa.
• Nesse texto, se usa língua culta. Gírias e jargões ficam em aspas.

Exemplo de texto Jornalístico:

Lula: país que acha petróleo na profundidade pode achar avião
JB Online
GUATEMALA - Durante visita oficial à Cidade da Guatemala, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva mostrou-se confiante nas buscas ao AF 447 da Air France, que desapareceu perto da região costeira do Brasil na noite deste domingo. O mandatário declarou que "um país que pode achar petróleo a 6 mil m de profundidade pode achar um avião a 2 mil m".


Lula disse ainda que está recebendo relatórios periódicos sobre as buscas aos destroços da aeronave por parte do ministro da Defesa, Nelson Jobim, que, informou, há pouco, no Rio, que um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) encontrou destroços do avião.


Quanto à caixa-preta, o presidente disse que não há "nenhum sinal", mas se mostrou confiante na possibilidade de encontrá-la assim que o avião for localizado.

(http://jbonline.terra.com.br/pextra/2009/06/02/e020612575.asp) Em 02/06/2009

Este texto é caracterizado como jornalístico, pois tem como propósito tematizar e difundir as novidades, o que de novo acontece com os homens e o mundo. O texto que tem como objetivo ainda transmitir ao leitor uma nova informação a respeito de acontecimentos, objetos ou pessoas. Geralmente, inicia-se com o fato mais importante para finalizar com os detalhes.

Na notícia acima podemos observar a presença de um título (que sintetiza o tema central e atrai a atenção do leitor), de uma introdução ou lead (em que se procura dar informações sobre o que aconteceu, quando aconteceu, onde, como e por que) e o desenvolvimento (ampliação do tema por meio de detalhes). É um texto escrito em terceira pessoa para manter o redator à margem do que conta e prima pela objetividade e economia de linguagem. Para tanto, faz-se uso da voz passiva e do recurso de inserir o discurso direto no texto. Essa inserção visa comprovar os dados apresentados pelo jornalista, bem como dar-lhes maior credibilidade. Assim, a escolha dos elementos que compõem a notícia revela o sentido que se quer dar ao assunto.

4- Jurídico

A constituição do texto jurídico obedece aos mesmos princípios redacionais do texto comum, com introdução, desenvolvimento e conclusão. O texto jurídico deve ser muito bem escrito, porque, dentre outros objetivos, tem em mira tratar de assuntos pertinentes aos direitos individuais das pessoas.

O texto jurídico deve ser claro e preciso, pois, representado nas diversas peças processuais – petição inicial, contestação, apelação etc. – leva a pretensão jurídica da pessoa que se envolve em uma demanda judicial. Nesse caso, exigem-se do profissional do Direito competência linguística e capacidade intelectual, pois ele deve dominar as técnicas da redação forense para veicular com propriedade sua mensagem jurídica.


Exemplo de texto Jurídico:

REGULAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
LIVRO I
DA FINALIDADE E DOS PRINCÍPIOS BÁSICOS
TÍTULO III
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

Art. 3º A assistência social é a política social que provê o atendimento das necessidades básicas, traduzidas em proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência, à velhice e à pessoa portadora de deficiência, independentemente de contribuição à seguridade social.


Parágrafo único. A organização da assistência social obedecerá às seguintes diretrizes:
I - descentralização político-administrativa; e
II - participação da população na formulação e controle das ações em todos os níveis.[...]

(http://www3.dataprev.gov.br/sislex/paginas/23/1999/3048.htm)

Este texto é caracterizado como jurídico por se tratar de uma legislação vigente e possuir uma regulamentação específica com a utilização de termos técnicos e um vocabulário próprio.

5- Filosófico

É importante destacar que um texto filosófico não é, a priori, uma narração, mas uma dissertação e uma dissertação argumentativa, não-expositiva. Nesse sentido, ele não visa a transmitir informações como, por exemplo, um texto jornalístico. O texto filosófico, de um modo geral, propõe uma tese e a defende através de argumentos. Ele não é um texto literário e a elegância de estilo, além de não ser obrigatória, pode constituir uma inimiga do rigor e da precisão.

Exemplo de texto filosófico:

“É um dever dizer a verdade. O conceito de dever é inseparável do conceito do direito. Um dever é o que num ser corresponde aos direitos de outrem. Onde nenhum direito existe também não há deveres. Por conseguinte, dizer a verdade é um dever, mas apenas em relação àquele que tem direito à verdade. Nenhum homem, porém, tem o direito a uma verdade que prejudica outro.” O proton pseudos encontra-se aqui na proposição: “Dizer a verdade é um dever, mas só em relação àquele que tem direito à verdade.” (Kant)

Este texto é caracterizado como filosófico, pois dá margem para interpretações comumente aceitas pelo homem e constitui inicialmente o embasamento de todo o conhecimento. Essas interpretações foram adquiridas, enriquecidas e repassadas de geração em geração. Ocorreram inicialmente através da observação dos fenômenos naturais e sofreram influência das relações humanas estabelecidas até a formação da sociedade, isto em conformidade com os padrões de comportamentos éticos ou morais tidos como aceitáveis em determinada época por um determinado grupo ou determinada relação humana.

6- Político

O texto político é um texto argumentativo, fortemente persuasivo, em nome do bem comum, alicerçado por pontos de vista do emissor ou de enunciadores que representa, e por informações compartilhadas que traduzem valores sociais, políticos, religiosos e outros. Frequentemente apresenta-se como uma fala coletiva que procura sobrepor-se em nome de interesses da comunidade e constituir norma de futuro. Está inserido numa dinâmica social que constantemente o altera e ajusta a novas circunstâncias. Em períodos eleitorais, a sua maleabilidade permite sempre uma resposta que oscila entre a satisfação individual e os grandes objetivos sociais da resolução das necessidades elementares dos outros.

Hannah Arendt (em The Human Condition) afirma que o discurso político e o texto político têm por finalidade a persuasão do outro, quer para que a sua opinião se imponha, quer para que os outros o admirem. Para isso, necessita da argumentação, que envolve o raciocínio, e da eloquência da oratória, que procura seduzir recorrendo a afetos e sentimentos.

O texto político é, provavelmente, tão antigo quanto a vida do ser humano em sociedade. Na Grécia antiga, o político era o cidadão da “pólis” (cidade, vida em sociedade) que, responsável pelos negócios públicos, decidia tudo em diálogo na “agora” (praça onde se realizavam as assembleias dos cidadãos), mediante palavras persuasivas. Daí o aparecimento do discurso político, baseado na retórica e na oratória, orientado para convencer o povo. O discurso político e o texto político implicam um espaço de visibilidade para o cidadão, que procura impor as suas ideias, os seus valores e projetos, recorrendo à força persuasiva da palavra, instaurando um processo de sedução, através de recursos estéticos como certas construções, metáforas, imagens e jogos linguísticos.

Exemplo de texto político:

DISCURSO DO PRESIDENTE LULA
SEMINÁRIO PARA INVESTIDORES
Genebra 29 jan 2004


Vim a Genebra para falar-lhes do Brasil, de sua economia e das oportunidades que apresenta para o investidor estrangeiro.
O Brasil é hoje um País de sólidas instituições democráticas e uma estável e diversificada economia.
A confiança em mim depositada me permite reunir as forças criativas da sociedade brasileira para enfrentar os desequilíbrios macroeconômicos que herdei.
Meu Governo dispõe de condições para superar os obstáculos ao desenvolvimento econômico e social do país. [...]

Este texto é caracterizado como político, pois apresenta à nação as propostas de governo de um líder político e explica as táticas a serem utilizadas no seu mandato etc.

O Presidente Lula é um representante do nosso país. No trecho acima, ele apresenta-se para o coletivo, informando e procurando impor as suas ideias, os seus valores e projetos, recorrendo à força persuasiva da palavra, instaurando um processo de sedução, através de recursos estéticos. Valendo-se da persuasão e da eloquência, fundamenta-se em decisões sobre o futuro, prometendo o que poderá vir a ser feito.

7- Crítico

O termo crítica provém do grego kritiké e é definido pelo Novo Aurélio Século XXI (1999) como a arte ou faculdade de examinar ou julgar as obras do espírito, em particular as de caráter literário ou artístico.

Texto crítico é uma produção textual que parte de um processo reflexivo e analítico gerando um conteúdo com crítica construtiva e bem fundamentada.

Um bom crítico é aquele como um todo significativo, tentando descobrir o que ele significa, como, por que, com quais elementos etc.

Exemplo de texto crítico:

O texto abaixo é uma análise crítica do poema “No meio do caminho” de Carlos Drummond de Andrade.

Do jeito que está, inamovível mas apavorante, monótona mas inesquecível, a pedra diz mais sobre o andarilho do que sobre a andança, encerra mais sobre o caminhante do que sobre seu caminho interrompido. Chega a parecer que ela emergiu de repente — Drummond se surpreende absurdamente com tal pedra. Seu olhar ora parece fazer mais e mais voltas sobre a pedra, ora parece fixar-se nela, como que buscando revelações. É nas retinas que se formam as imagens capturadas pelo olhar humano, mesmo que essas retinas estejam "fatigadas", como assume o poeta. Mas, ao dar-se conta da pedra, ao perceber algo incomum na sua trajetória, esse fato converte-se num "acontecimento".

O uso do termo “crítica” tem o sentido de fazer uma opção pessoal de qualificar uma obra em escala (de péssima a excelente) e o leitor que concorde ou discorde. Cabe ao crítico tentar compreender a obra, colocar-se no lugar do outro, seus preceitos, para então sedimentar as ideias e, mesmo que exprimindo dúvidas, chegar a uma avaliação.

O texto acima é caracterizado como crítico, pois examina uma determinada obra procurando trazer uma interpretação do que o autor quis dizer nas entrelinhas do poema.

8- Literário

O texto literário tem uma dimensão estética, plurissignificativa e de intenso dinamismo, que possibilita a criação de novas relações de sentido, com predomínio da função poética da linguagem. É, portanto, um espaço relevante de reflexão sobre a realidade, envolvendo um processo de recriação lúdica dessa realidade.

Não é o tema, mas sim a maneira como ele é explorado formalmente que vai caracterizar um texto como literário. Assim, não há temas específicos de textos literários, nem temas inadequados a esse tipo de texto.

A produção de um texto literário implica:

• a valorização da forma
• a reflexão sobre o real
• a reconstrução da linguagem
• a plurissignificação
• a intangibilidade da organização lingüística

Exemplo de texto literário:

O açúcar

O branco açúcar que adoçará meu café
nesta manhã de Ipanema
não foi produzido por mim
nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.

Vejo-o puro
e afável ao paladar
como beijo de moça, água
na pele, flor
que se dissolve na boca. Mas este açúcar
não foi feito por mim. [...]

"O açúcar" (Ferreira Gullar. Toda poesia. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1980, pp.227-228)

Este texto é caracterizado como literário, pois tem uma dimensão estética e intenso dinamismo, que possibilita a criação de novas relações de sentido, com predomínio da função poética da linguagem. É, portanto, um espaço de reflexão sobre a realidade, envolvendo um processo de recriação da mesma.

“O açúcar” consegue produzir um efeito estético e proporciona uma sensação de prazer e emoção no receptor. O texto literário é, portanto, aquele que pretende emocionar e que, para isso, emprega a língua com liberdade e beleza, utilizando-se, muitas vezes, do sentido metafórico das palavras.


9- Religioso

A linguagem religiosa é um produto das relações de uma determinada comunidade religiosa, diferenciando-se da linguagem comum, havendo marcas de um discurso mais particular. Esse discurso torna-se um registro onde grupos distintos compartilham uma “consciência linguística” de maneira que possam afirmar suas crenças.

Este registro estabelece uma variedade de significados indo de acordo com a situação em que é introduzido, por referir-se a uma alternativa em que um falante ou um grupo de falantes utiliza para serem compreendido em uma determinada situação.

Exemplo de texto religioso:

O Alcorão Sagrado


Os contemporâneos de Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) foram, sem dúvida, os maiores mestre da língua árabe com motivos para produzir um texto sem rival.

Mas eles não poderiam produzir nada como o Alcorão, em conteúdo e estilo, Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), não tinha preparação escolar formal, mas não fez segredo disso, o seu maior crédito era que sendo iletrado, viveu entre povo iletrado para ensinar a humanidade inteira, a verdadeira Mensagem de Deus para toda à humanidade. Este é o primeiro fato acerca do Alcorão, ou seja, a palavra de Deus.[...]


[...] Deus diz no Alcorão:

''E também te inspiramos com um Espírito, por ordem Nossa, antes do que conhecias o que era o Livro, nem a fé; porém, fizemos dele uma Luz, mediante a qual guiamos quem Nos apraz dentre Nossos servos. E tu certamente te orientas para uma senda reta. A senda de Deus, a quem pertence tudo quanto existe nos céus e na terra. Acaso, não retornarão a Deus todas as coisas?'' (42ª Surata, versículos 52-53).

As palavras ''Ruh'' e ''Sad'', que significam que o Alcorão origina a vida, estimula a alma, irradia a luz que ilumina os corações dos tementes a Deus, este é o gênero de dinamismo espiritual do qual nos fala o Alcorão.

(http://www.islam.org.br/o_alcorao_sagrado.htm).

Este texto é caracterizado como religioso, pois especificamente é um texto argumentativo, cujas características são a intenção persuasiva, defendendo um ponto de vista sobre o Alcorão, possui argumentos que o fundamentam, sua linguagem é de acordo com o padrão culto formal da língua, e encontramos presença de expressões que encabeçam opiniões pessoais.

Os textos sagrados estão carregados de normas, ensinamentos, preceitos que têm função de regular a vida e garantir uma boa convivência social. Neste sentido, a leitura dos textos no espaço religioso e doutrinal estimula o fiel na sua adesão de fé.



Referências bibliográficas:

http://educacao.uol.com.br/filosofia/ult3323u35.jhtm
http://www.lusosofia.net/textos/kant_sobre_um_suposto_direito_de_mentir.pdf
http://recantodasletras.uol.com.br/teorialiteraria/949072
http://pt.wikipedia.org/wiki/Texto
http://www.facasper.com.br/cultura/site/noticia.php?tabela=noticias&id=37
http://www.unctad.org/sections/edm_dir/docs//Lula_statement290104_pt.pdf
http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2002/lii/liitxt3.htm
http://www.abdir.com.br/doutrina/ver.asp?art_id=361&categoria=Linguagem%20Forense
http://www3.dataprev.gov.br/sislex/paginas/23/1999/3048.htm
http://www-usr.inf.ufsm.br/~august/pesquisa/textocientifico.ppt#284,17,Textocientífico
http://www.uag.ufrpe.br/docs/Juliene_III.pdf
http://jbonline.terra.com.br/pextra/2009/06/02/e020612575.asp
http://www.sitedoescritor.com.br/sitedoescritor_professor_virtual_perguntas_texto_literario.html
http://www.islam.org.br/o_alcorao_sagrado.htm